O processo do pensamento e quem o dominam
Somos comandados pelos espíritos, e nosso livre arbítrio?
Sempre
pensei que no momento em que houvesse necessidade os bons espíritos viriam em
meu socorro. Por exemplo, se chamado a falar em público sem estar preparado,
nesse momento seria socorrido. Para mim esse seria o momento em que as
entidades atuariam em minha mente. Até que começamos a ver que isso ocorria
sempre, em qualquer situação, em qualquer fala, sempre tinha uma entidade se
manifestando, eu apenas repetia.
Sem
saber...certa feita, uma amiga me falou assim: disse que eu falava...mas apenas
repetia palavras de um espírito que estava do meu lado...e eu falava coisas
banais...Foi a partir desse dia (essa tinha sido a segunda vez na mesma cidade
de São Luis/MA) que busquei aprofundar esse tema, aprofundar não em estudos
teóricos/filosóficos mas em trabalhos espirituais. E o que vimos foi o que
afirmamos no início:
vide
“Livro dos Espíritos”, pergunta 459: Os
Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?
– “A esse respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes
são eles que vos dirigem”. Quanto a por culpa em nossos atos como sendo os
espíritos responsáveis é claro que não podemos, porque, por segundo (não por
primeiro), teremos o livre arbítrio, você usa seu livre arbítrio. Mas para quê,
quando e como você usa seu livre arbítrio?
Uma vida atual ser tomada por uma
vida passada
Uma nova reencarnação é decidida em função das necessidades de evolução do
espírito uno que sofre os problemas daquelas centenas de vivências bem ou mal
vividas e busca o reencarne de uma das vivências que já esteja preparada, isto
é, em processo de arrependimento, sendo certo que é sempre uma de cada vez.
Uma reencarnação e as outras podem estar em diversas situações, conforme seja
seu estado: doente, ferida, em ótima situação, presa no Umbral, enterrada no
fundo do oceano, etc., isto é, em uma infinidade de situações normalmente
sofridas. Nem todas foram más, porém todas tiveram problemas de maior ou menor
monta.
Alguma vivência mais forte pode se rebelar contra a atual encarnação e lutar
contra ela para até tomar seu lugar (eu mesmo já tratei, pela técnica da
Apometria, uma vivência minha cujas informações não coincidiam, até que a
entidade explicou que aquela vivência não era dele, ele a tinha tomado para si
e vivido pelo outro.). Como isso pode ocorrer é o que a Psicologia chama de
múltiplas personalidades, sendo que, pela fraqueza do ser, uma das vivências
passa a comandar as suas ações. O ser não reagiu aos pulsões de que fala
Szondi, e uma das chamadas múltiplas personalidades dominou-o, passando, daí em
diante, a comandar aquela encarnação. Na Apometria, esse distúrbio é chamado de
Linha de Desarmonia, conforme descreveu Godinho em sua belíssima obra
“Desvendando o Psiquismo” ( pg. 37 ):
“Outra descoberta interessante, feita através da técnica do Desdobramento
Múltiplo, foi o que chamamos de “Linhas de Desarmonia ou Rebeldia”, que são
agrupamentos maiores ou menores nos Níveis Conscienciais rebelados, formando
associação e agindo de forma antagônica em relação à proposta encarnatória.
Essa proposta é o delineamento que o ser traz em si para a vida atual ou que
deseja imprimir como propósito desta existência.
As
chamadas múltiplas personalidades podem ser melhor observadas nos casos de
Transtorno Bipolar de Humor, que é uma alternância de humor, onde ora ocorrem
episódios de excitação eufórica, ora de depressão, com períodos intercalados de
normalidade, sendo muito possível ser uma forma de apropriação, por um
determinado período, de uma vida anterior aparecendo sobre a atual.
Quando você pensa...quem na realidade
está pensando?
Nossa
mente é refém de nossos obsessores (digamos nossas vidas passadas). Eles
continuam a vida deles através de nós, nos comandando, direcionando. É quase
impossível lutar contra isso, a não ser quando se manifestem pensamentos por
demais malucos do tipo: matar, morrer. Por exemplo, eu convivi com um
pensamento que me atormentou a vida toda: sempre que via uma mulher grávida, me
vinham ímpetos de chutar a barriga dela. Imaginem como isso era ruim. Um dia,
em um trabalho de Apometria, a criatura que me impunha esses pensamentos foi
tratada e nunca mais tive esses pensamentos.
Pelo que temos visto em nossos trabalhos de Apometria, nós somos quase
impotentes frente a um processo obsessivo; é quase impossível não cair nas
malhas do inimigo invisível, mesmo com “orai e vigiai”, as forças ficam
minadas, nos dominam completamente, o resultado é: Síndrome de Pânico / TOC /
Bipolaridade / Desejo Suicida / Depressão e tantos outros sintomas emocionais,
sem contar com os problemas físicos, doenças no físico e até câncer. Mas tudo
isso tem cura pela mesma porta que entrou: CURA ESPIRITUAL. Fácil não é, rápido
também não, porque quando detectamos o processo
este já está fortemente instalado e aí fica difícil revertê-lo, mas
reverte sim, precisa somente: PERSISTÊNCIA, DETERMINAÇÃO e FÉ.
Nosso
processo de observação nos trabalhos de Apometria (não naquilo que a literatura
fala, nem no que eu aprendi) tem nos mostrado que 100% (cem por cento) de
nossos pensamentos são comandados por entidades espirituais, vidas passadas
nossas ou não; assim, nossas idéias, opiniões, tudo deriva de algo que nos é
passado, não formulamos nada, apenas optamos. Esse processo é tão forte que é
quase impossível resistir; podemos comparar isso com o vício. O “Livro dos
Espíritos” bem coloca: "os espíritos nos comandam". As pessoas que
têm uma mediunidade de vidência bem desenvolvida conseguem captar esse fenômeno,
mas temos muita dificuldade de aceitar esse fato. A mim também foi difícil
aceitar, mas me rendi às evidências. Nosso livre arbítrio existe e podemos
exercê-lo ao optar entre os vários pensamentos que nos afloram à mente (todos
de entidades boas ou ruins, vidas passadas nossas ou não). Essa é a fonte de
nossos tormentos, aí estão as origens dos distúrbios emocionais, porque eles
atuam em nossos pensamentos, nos comandam, nos dirigem, enfiam bobagens em
nossas cabeças.
Somos donos dos nossos destinos? Eu tenho o livre
arbítrio para decidir o que eu quero fazer?
“A esse
questionamento devemos considerar o ser humano como um todo e isso representa
agregar os três tempos: presente, passado e futuro, porque somos seres em
evolução em busca de juntar essas três partes que ainda brigam entre si no
controle da condução de nossos destinos.”
Nós podemos
tomar decisões que mudem nossos destinos e, se podemos modificar o nosso
destino, então está claro que mando nele, decido nele, sou dono dele. Pelas
técnicas da Apometria.
Mas é um
mandar compartilhado, o eu hoje não manda sozinho, até que tenta, mas os
"eus" de ontem (nossas vidas passadas) são parte integrante do
"eu todo" e não aceitam que uma pequena parte do todo (eu hoje)
determine os destinos...Eles querem dar a condução deles...como eles acham
certo...como eles fariam..."e aí tem muita gente (nossas várias vidas
passadas) querendo mandar"...criando um conflito muito grande...Veja a
dificuldade que um jovem tem ao decidir sobre sua vida escolar, que curso fazer,
dificuldades em se fixar numa namorada, dificuldade de se fixar em um emprego,
sabe por que ? Porque cada vida sua quer
continuar atuando na mesma área profissional onde ela atuava...São os
reencontros com seus pares de vida passada que eles querem reatar (um dos
motivos do tanto de casa e separa)...querem buscar os mesmos colegas de
trabalho ou se negam a estar com outros a quem não nutriam bons
sentimentos...Bem, com essas considerações podemos concluir que somos donos de
nossos destinos porque, afinal, uma vida passada minha é eu mesmo hoje e
coexistimos simultaneamente: o presente...o passado e o futuro. Um interferindo
no outro. Minhas vidas passadas e minhas vidas futuras atuam no sentido de
serem elas a darem a condução de nossos destinos hoje, determinando nossos
passos.
O presente se
faz de acordo com as atitudes de cada um, a partir da leitura e compreensão que
temos daquele passado. Essa compreensão não é nossa hoje, ela vibra a partir da
vida passada nossa que vivenciou aqueles fatos, fazendo-nos agir de acordo com
suas convicções (de uma vida passada nossa) que pensamos ser nosso pensamento
atual. Pensamos ser porque nada difere do que SER EU A PENSAR, pois brota na
minha mente naturalmente, o que me faz crer que seja meu mesmo. E é meu realmente
mas não foi o “eu hoje” quem o pensou...apenas o adotou pelo seu livre
arbítrio. O “eu hoje” não manda sozinho...até que tenta...mas os "eus de
ontem” (minhas vidas passadas) são parte integrante do "eu todo" e
não aceitam que uma pequena parte do todo (eu hoje) determine os destinos.
Mas, como
sabemos, todos nós precisamos mudar algo em nós mesmos. E como essa mudança
poderia ser feita?
Dado que
aquele passado não interfere mais, podemos exercer nosso livre arbítrio a
partir de nossa própria energia atual. Com isso podemos construir um novo
futuro, mas nunca esquecendo que existem outras passadas nossas atuantes
querendo determinar a condução dos nossos dias de hoje.
Como podemos mudar isso que mais parece
determinismo?
Apometria é a resposta
Se ficarmos atentos a tudo que
acontece conosco e no entendimento de que tudo que acontece conosco tem sua
origem em um fato espiritual, poderemos
mais e mais acelerar o que determina o objetivo de nossa encarnação que
é: “fazê-los chegar à perfeição. ...A encarnação tem também um outro objetivo:
dar ao Espírito condições de cumprir sua parte na obra da criação...” para isso
concorremos em acertar o passo dessa nossa trindade que transita entre o
passado, presente e o futuro a fim de que se cumpra as leis de Deus.
Tudo que vemos
ou sentimos são energias condensadas...O que muda são as energias e a
compreensão que temos sobre o ocorrido.
Pelas técnicas
da Apometria, pode-se ir ao passado e ao futuro, acessar nossas vidas
passadas/futuras e na prática da Lei do Amor, do Perdão e do Arrependimento
modificar pela transmutação as energias aí envolvidas. Ao
termos ido lá naquele passado e modificado as energias envolvidas e,
consequentemente, a compreensão dos fatos também ocorridos, as energias e
compreensão no presente mudam...e mudam porque aquela vida passada nossa agora
tem nova compreensão daqueles fatos e não nos leva mais a agir daquela forma,
ficando assim: mudado o presente a partir de então, mudado também estará nosso
futuro. Dado que o passado não interfere mais, podemos exercer nosso livre
arbítrio a partir de nossa própria energia atual e com isso podemos construir
um novo futuro. Dessa forma, podemos dizer que a Apometria nos deixa com as
mãos livres para usar o livre arbítrio e com isso fazer a nossa tão sonhada
reforma íntima; e ainda nos permite mudar nosso presente e futuro ao mudarmos
as energias aí existentes e a
compreensão dos fatos naquele tempo ocorridos.